Entenda o Que Acontece Durante Uma Crise de Pânico

Crise de pânico

Sintomas e Sensações Físicas de uma Crise de Pânico

Reações Cardiovasculares: O Aumento da Frequência Cardíaca

Durante uma crise de pânico, uma das sensações físicas mais comuns e angustiantes é o aumento abrupto da frequência cardíaca . Esse acontecimento acontece porque, quando o corpo percebe uma situação de “perigo”, ele entra em um estado de “luta ou fuga”, fazendo o coração acelerar para levar oxigênio aos músculos. Muitas descrevem essa sensação como palpitações intensas, que, por serem inesperadas, aumentam ainda mais o medo e a angústia.

No contexto de uma crise de pânico , essa ocorrência é exagerada e acontece sem a presença real de um perigo iminente, sendo uma resposta mal interpretada pelo cérebro. Esse aumento na frequência cardíaca pode levar a uma sensação de falta de ar e pressão no peito, gerando ainda mais desconforto e, em alguns casos, a impressão de que o coração vai parar.

As reações cardiovasculares durante uma crise de pânico são tão intensas que muitos indivíduos acreditam estar sofrendo um ataque cardíaco . Essa confusão entre as sensações de uma crise de pânico e um problema cardíaco é um dos fatores que levam muitas pessoas a procurarem emergências médicas.

Respiração Ofegante e Hiperventilação

A respiração é um dos primeiros sinais de que o corpo entrou em estado de alerta. Durante uma crise de pânico, é comum que uma pessoa sinta uma forte dificuldade para respirar, mesmo que os pulmões recebam o oxigênio necessário. Essa sensação de falta de ar se chama hiperventilação, caracterizada por uma respiração curta e rápida.

Essa hiperventilação leva a uma rápida eliminação de dióxido de carbono do corpo, o que pode causar sintomas como tontura, formigamento nas extremidades e até desmaios. Em uma crise de pânico , uma pessoa pode experimentar uma sensação de sufocamento, como se o ar simplesmente não fosse suficiente.

A hiperventilação aumenta o mal-estar e a sensação de descontrole durante uma crise de pânico, ou que dificulta a ocorrência lógica e leva a um círculo vicioso. Muitos especialistas recomendam técnicas de respiração controlada para auxiliar no controle dos sintomas e trazer um maior senso de calma.

Tontura e Sensação de Desmaio

Outro sintoma extremamente comum em uma crise de pânico é a sensação de tontura ou até mesmo de que uma pessoa vai desmaiar. Isso é causado por mudanças na respiração e na circulação sanguínea durante uma crise. A hiperventilação faz com que menos oxigênio chegue ao cérebro, causando essa sensação desconfortável.

A tontura pode ser acompanhada por uma visão turva, uma percepção de que o ambiente está girando, e uma dificuldade de se concentrar. Esses sintomas costumam agravar ainda mais o medo e o desespero que caracterizam uma crise de pânico.

Em muitos casos, a sensação de desmaio é interpretada como uma perda completa de controle, ou que agrava ainda mais o quadro. Os especialistas recomendam que, ao sentir esses sintomas, a pessoa procure sentar-se e respirar de maneira calma e lenta para auxiliar na normalização.

Tremores e Suor Excessivo

Os tremores e o suor excessivo são respostas do sistema nervoso ao estado de alerta que o corpo experimenta durante uma crise de pânico. Os tremores ocorrem como resposta à adrenalina liberada no organismo, sendo uma manifestação natural do corpo que se prepara para a “luta ou fuga”.

Esses tremores podem ocorrer nas mãos, pernas ou até em todo o corpo. O suor excessivo, por sua vez, está associado ao esforço do organismo para dissipar o calor gerado pela ativação intensa do sistema nervoso.

Para o indivíduo, os tremores e suores não são apenas desconfortáveis, mas também podem aumentar a percepção de que algo grave está acontecendo. Muitas vezes, uma pessoa sente vergonha desses sintomas, principalmente quando uma crise ocorre em locais públicos.

Dores e Tensão Muscular

Durante uma crise de pânico, é comum que uma pessoa experimente uma sensação de dor ou tensão nos músculos. Essa tensão pode ocorrer no pescoço, ombros, costas e até nas pernas, devido ao estado de alerta em que o corpo se encontra. Essa tensão muscular contribui para a sensação de desconforto e desconforto, o que intensifica a crise.

A dor muscular, especialmente no peito e no pescoço, pode ser confundida com sintomas de doenças cardíacas, levando o indivíduo a acreditar que está em risco iminente. Este tipo de dor é uma consequência direta do estresse agudo que a crise provoca.

Algumas abordagens, como o relaxamento muscular e técnicas de alongamento, são recomendadas como estratégias para reduzir a dor e a tensão muscular associadas às crises de pânico.


Aspectos Psicológicos: O que se Passa na Mente

Medo Intenso e Irracional de Morrer

A crise de pânico frequentemente provoca um medo intenso de morrer , que aparece de maneira súbita e sem uma causa aparente. Esse medo é irracional, mas o cérebro interpreta as sensações físicas como sinais de uma ameaça real. Isso ocorre porque o sistema de “luta ou fuga” é ativado, como se estivesse diante de um perigo.

Para quem experimenta a crise, o medo de morte iminente parece real, e essa sensação gera um pânico ainda maior. É como se o corpo e a mente estivessem presos em uma situação de ameaça iminente.

É fundamental entender que, embora o medo seja muito intenso, ele não corresponde a um risco real de vida. Técnicas de terapia cognitivo-comportamental (TCC) são frequentemente utilizadas para ajudar uma pessoa a reestruturar seus pensamentos e a compreender que estão seguros.

Sensação de Perda de Controle

Outro aspecto psicológico central é a sensação de perda de controle . Durante uma crise, uma pessoa sente que não tem domínio sobre seu próprio corpo ou mente, o que agrava a sensação de pânico. Este é um dos sentimentos mais perturbadores para quem passa por uma crise de pânico, pois a perda de controle parece ser iminente.

Muitas vezes, a perda de controle é sentida como uma possível ameaça de “enlouquecer”. Este medo de perda de sanidade é um ponto de muita angústia, o que aumenta o pânico e dificulta a recuperação.

Algumas técnicas de aterramento (aterramento) são recomendadas para momentos de crise. Eles ajudam a pessoa a se reconectar com a realidade e a reduzir a percepção de perda de controle.

Sensação de Despersonalização ou Desrealização

A despersonalização e a desrealização são duas características psicológicas que ocorrem em muitas crises de pânico. A despersonalização se caracteriza por uma sensação de distanciamento de si mesmo, como se uma pessoa estivesse fora do próprio corpo. Já a desrealização é a sensação de que o mundo ao redor parece irreal, como se tudo estivesse desfocado.

Essas sensações aumentam o sentimento de estranheza e insegurança. Esse estado confuso, de não reconhecimento de si ou do ambiente, pode se tornar um gatilho para novos episódios.

Os psicólogos utilizam técnicas de TCC para ajudar o paciente a entender e lidar com essas percepções, promovendo um maior controle emocional durante esses episódios de despersonalização.

Ansiedade Antecipatória

A ansiedade antecipada é o medo intenso de que uma nova crise de pânico ocorra a qualquer momento. Esse tipo de ansiedade está diretamente relacionado à sensação de imprevisibilidade que se caracteriza como crise. Pessoas que experimentam crises muitas vezes começam a antecipar, temendo que aconteça novamente.

Esse medo prejudica constantemente a qualidade de vida, pois pode fazer com que o indivíduo evite determinadas situações ou lugares. Em casos extremos, essa ansiedade pode levar ao desenvolvimento da agorafobia.

A ansiedade antecipatória é tratada com abordagens terapêuticas e, em alguns casos, com o uso de medicamentos prescritos por profissionais de saúde mental.


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